BLOG DO TH

Sobre o Instagram

Definitivamente, meu relacionamento com as redes sociais não é o mais saudável. E isso é uma bela de uma ironia, porque eu adoro o Instagram! Acho divertido, tem gente fazendo conteúdo bacana, adoro ver os posts dos meus amigos mostrando o dia a dia, os filhos, os cachorros, o trabalho... aquela curadoria informal da vida alheia.

O problema é que, volta e meia, eu caio no limbo do feed infinito. Quando vejo, tô lá, há uma hora rolando a tela feito um besouro rola-bosta empurrando post desnecessário montanha acima. E é essa parte que me irrita. Aí eu desinstalo o app e passo uns 7, 10 dias sem olhar nada. Mas depois... adivinha? Instalo de novo e o ciclo reinicia. Lá vamos nós de novo.

Outro comportamento esquisito que desenvolvi é o famoso “arquiva-e-desarquiva”. Em janeiro, meu feed tá zerado. Em março, tá com 100 fotos. Em abril, só restaram 6. E assim eu sigo, nesse looping eterno de curadoria emocional que nem Freud explica. Prometi pra mim mesmo que vou parar com essa porra. Chega de ficar punhetando o feed. Vou deixar a vida seguir seu fluxo e as memórias fotográficas fluírem nesse rio tortuoso de algoritmos.

Por essas e outras, eu aceito: não sou um usuário saudável da plataforma. Mas sair de vez? Sem chance. Trabalho com design gráfico no marketing de uma empresa grande, e o Instagram acaba sendo uma ferramenta de referência, troca de ideias (sim, temos um grupo corporativo lá), interação com os posts da empresa, entre outras obrigações pseudo-sociais disfarçadas de job.

E o que eu tenho feito pra tentar domar essa fera?

Tenho me policiado: uso mais durante o expediente e limito o tempo de uso a no máximo 1h30 por dia. Chegando em casa, desligo o celular e fico completamente off. Aproveito pra ler, ver um filme ou maratonar alguma série sem culpa. Tem funcionado. Aos poucos, estou domando o algoritmo... ou pelo menos tentando não ser domado por ele. Mas eu confesso, as vezes falho miseravelmente nessa missão.

Porque, sejamos sinceros: rede social é vício. Um vício gostoso, daqueles que parecem inofensivos mas que, no fundo, te roubam tempo, foco e sanidade. E no fim das contas, não acrescentam muita coisa.

Depois de mais de uma década como usuário, entendi que o segredo está em ensinar o algoritmo a trabalhar pra você. Seguir poucas contas, interagir com o que realmente faz sentido, ignorar o resto. Curtidas, comentários e compartilhamentos são as linguagens que o algorotimo entende então temos que saber bem como usar.

A verdade é uma só: construir uma internet mais saudável não é só papo da galera do Contente.vc. É responsabilidade nossa também. Cabe a cada um usar com consciência e, principalmente, saber a hora de parar.


Abraço do TH e até o próximo post.

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