A vida e seu algoritmo caótico
A vida é meio roteirista maluco de série de baixo orçamento da Netflix, com uns toques de comédia nonsense, né? Às vezes ela nos coloca em situações tão aleatórias que só pode estar fazendo isso pra ver nossa cara de "wtf?".
Tipo outro dia: tô eu, num shoppingzinho aqui em Blumenau, indo em direção a uma livraria (sim, eu ainda compro livros físicos), quando dou de cara com uma figura conhecida. Aquela sensação de “já vi esse rosto em algum lugar... será que foi em alguma empresa onde já trabalhei?" mas não, era um colega do ensino médio!
E aí vem o detalhe digno de episódio especial de reencontro no último capítulo da temporada: eu moro em SC há anos, o cara é lá do litoral do Rio, e já fazem VINTE anos que terminei o colégio. Duas décadas. Mais tempo do que dura muito casamento e quase o tempo de vida de um cachorro em anos de gente.
Pronto, bastou isso pra minha mente começar a viajar sobre as voltas que o mundo dá, nas micro decisões que a gente toma sem perceber como virar à esquerda em vez de à direita, pegar uma fila ao invés de outra, esquecer a carteira e ter que voltar pra buscar. Um milímetro de diferença e esse encontro não teria rolado.
Ficamos ali trocando ideia por uns 30 minutos, tempo suficiente pra lembrar dos apelidos idiotas da época, rir das idiotices de adolescente e compartilhar notícias sobre amigos da época que tínhamos em comum.
No fim, saí do shopping sem livro mas com um presente: a tal da nostalgia. Aquela que não pesa como boleto vencido, mas aquece como café forte numa manhã de inverno.
Que venham mais encontros improváveis como esse. Porque se tem uma coisa que a vida faz bem, é nos surpreender (positivamente e negativamente) quando a gente só queria comprar um livro novo e talvez tomar uma cafézinho.
Abraço do TH e até o próximo post.